Por Marilza dos Santos*
Os
alunos do 7° e 8° semestres do curso de Jornalismo da Unisa fizeram criticas e
analises do filme de 2008 "Faces da Verdade", que fala sobre a ética jornalística.
Conflito na ética
jornalística
Com este título você pode
estar se perguntando se existe uma ética específica no jornalismo, mas eu
lhe pergunto: Sua ética pessoal é
diferente da sua ética profissional?
O filme
Faces da Verdade dirigido por Rod Lurie traz um drama em torno do comportamento da
jornalista Rachel Armstrong, que após divulgar dados sigilosos da CIA (Central
Intelligence Agency) é acusada e detida por tempo indeterminado por não revelar
sua fonte.
Este
filme nos traz intensas reflexões, pessoais e profissionais, de modo a nos
colocar em conflito com nossos comportamentos. A vaidade leva algumas pessoas a
estabelecer novos preceitos para suas vidas, e as torna capazes de cometer
sacrifícios pelo mérito profissional, assim como Armstrong, que teve sua vida e
sua família devastada por sua ambição
A ética dentro do Jornalismo
Faces
da verdade relata a história da jornalista Rachel Armstrong que vive um conflito ético ao publicar a
matéria sobre um ataque com participação do Presidente americano a bases militares
na Venezuela. Rachel se vê sob pressão quando obrigada a revelar a fonte, uma
menor de idade, filha de uma agente da CIA as autoridades. O longa abre uma
discussão sobre a confiança das fontes aos jornalistas que em certas ocasiões
tem direito de não revelar a fonte se questionados. No filme a discussão se dá
por conta de uma criança ter sido a fonte inicial da repórter apesar de
revelado apenas no final. Por ser uma questão de política que envolve o maior
cargo do pais, Rachel acaba processada porque o governo
insiste em saber quem entregou a agente, mas Rachel entende que seria contra a
ética jornalística, que não teria mais a confiança e prestígio que sempre
tivera e não conseguiria mais informações em off, fora seus valores morais, etc.
O filme, por retratar questões que nos interessam é um bom exemplo para se
pensar em situações semelhantes da carreira jornalística e nas consequências do
uso da fonte em off.
O
valor de um principio
O filme do diretor Rod
Lurie, Faces da Verdade (2008), aborda a questão da ética jornalística. O
longa, estrelado por Vera Farmiga e inspirado em fatos reais. Conta a história
da jornalista Rachel Armstrong e tem como objetivo principal colocar em xeque a
ética na profissão.
Ao publicar o que
parecia ser a matéria da sua vida, Rachel fica entre a cruz e a espada ao
decidir não revelar qual foi sua fonte primária para a elaboração de seu texto.
Isso porque, a lei norte-americana defende o princípio de confidencialidade de
fontes, a menos que envolva risco de segurança nacional.
A jornalista é presa e
separada de sua família por decidir não divulgar a informação de quem foi a sua
fonte. Surpreendentemente, descobrimos nos últimos segundos que a informação
foi obtida em uma conversa informal entre a jornalista e uma criança de apenas
cinco anos que, inocentemente, revela informações sobre o governo para o qual
sua mãe trabalhava. Rachel aproveita-se dessas informações de maneira quase
cruel, e ao final do filme, ficamos com a seguinte pergunta: É justo usar uma
fonte incapaz de compreender suas próprias revelações?
Alunos do 7º e 8° semestre do curso de jornalismo da Universidade de Santo Amaro-Unisa*
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