O
tão esperado Pokémon Go, jogo eletrônico de realidade aumentada, tem levado
jogadores a lugares inusitados.
Medo. Um
sentimento comum em todos nós. Seja
ele de altura, de animais, do escuro e de fantasmas. Se tratando deste último,
há pessoas que ficam receosas até mesmo de jogar algum jogo de vídeo game que
envolva fantasmas, como Fatal Frame, ou qualquer um do gênero de terror, como
Resident Evil. Quem nunca teve medo de "enfrentar" zumbis de noite ou
de madrugada?
No entanto, um
jogo foi capaz de acabar com esses remorsos
e induzir algumas pessoas a
irem jogá-lo nos lugares mais
inusitados, como por exemplo, em um cemitério. Trata-se de Pokémon Go, que de
terror não tem nada. O jogo de realidade aumentada, tem feito com
que alguns usuários visitem durante o dia o cemitério do Campo Grande, em Santo
Amaro, zona Sul de São Paulo, inclusive ao redor no período da noite, coisa que sentíamos medo de
fazer há alguns anos com um simples personagem fictício em um jogo de primeira
pessoa.
Assim como no
desenho, o objetivo do jogo é capturar os Pokémons que aparecem pelo caminho
para que assim o jogador possa subir de nível. Quanto maior o nível e
habilidade, melhor é o jogador, que consegue inclusive duelar nos ginásios
espalhados pelas ruas. O apego pelo desenho, pelos diversos tipos de pokémons e
a vontade de se tornar um mestre pokémon, assim como os personagens, fez com
que o jogo atraísse pessoas de várias idades.
O jogador Gabriel Silva, de apenas 11 anos contou
que assistia aos desenhos pelo YouTube e que começou a jogar para realizar o sonho de um dia ser caçador e completa: “Meu irmão mais velho me
contava dos desenhos que era legal da época dele, assisti Pokémon e
gostei, queria ser eles. Eu tenho um pouco de medo, mas sempre fico com
bastante pokebola e sempre aparece Pokémon novo, então eu preciso ir” afirmou
Gabriel.
De acordo com os
jogadores de Pokémon Go,
os cemitérios costumam
ser bons lugares para “caçar” e para conseguir as famosas pokebolas, pois o
lugar é cheio do que chamam de pokestops, que funcionam como uma loja para os
jogadores. Para Henrique Pelosi, 24, a ideia de jogar nos cemitérios surgiu a
partir do momento que os criadores colocaram bons pokemons lá dentro e não há
problema algum quanto a isso: “Antes entrava no cemitério para visitar meus
familiares e permanecia ali por algum tempo rezando. Agora, além disso, ainda
faço uma caminhada por lá para caçar”.
O jogador Rodrigo Leme, de 24 anos, conta a opinião da
família em relação ao jogo: “Minha família acha que estou ficando meio doido
por sair à noite para caçar, mas eles nunca irão entender que foi algo da nossa
infância”.
Para a psicóloga, Maria Aparecida, o jogo também traz um objetivo
saudável. “Tenho mais de 50 (anos) e jogo Pokémon para fazer caminhadas. Ando 5
km sem nem perceber. O que antes era apenas objetivo saudável agora é pura
diversão” declarou à psicóloga.
José Reyberg, da
administração do cemitério do Campo Grande, informou que sempre soube das
visitas por consequência do jogo e que nunca receberam nenhuma reclamação que
estivesse relacionada à presença dos jogadores. Não há
ocorrências de vandalismos nem furtos. Para Reyberg, a única coisa que
atrapalhava a rotina do local era o fato de precisar expulsar os jogadores, que
muitas vezes insistiam em exceder o horário permitido.
*Alunos do 8º semestre de Jornalismo da Universidade de Santo Amaro - Unisa.
Por: Gabriela Cunha, Julia Gomes, Laner Siqueira, Karen Fraga e Suellen Marinho.
Por: Gabriela Cunha, Julia Gomes, Laner Siqueira, Karen Fraga e Suellen Marinho.
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