O acidente com o avião da Chapecoense, time da cidade de
Chapecó, em Santa Catarina, completa um ano nesta quarta-feira, 29. A tragédia que
aconteceu na Colômbia deixou 71 mortos e seis feridos.
A aeronave da empresa boliviana, LaMia, saiu na noite do dia
28 de novembro de 2016 de Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, com destino a
Medelliín, na Colômbia. A equipe catarinense faria o primeiro jogo da final da
Copa Sul-Americana, no estádio Atanasio Girardot, marcado para o dia 30. Mas o
avião caiu a poucos quilômetros da cidade, à 1h15, segundo o horário de Brasília.
As investigações sobre a causa da queda ainda estão em trâmite.
Porém, segundo o relatório preliminar divulgado pela autoridade da Aeronáutica Civil
colombiana (Aerocivil), a aeronave estava sem combustível.
Os governos da Colômbia, Bolívia e do Brasil estão
envolvidos nos processos de investigação. Mas, de acordo com novos fatos, o
governo da Venezuela pode ser envolvido no caso.
Segundo os procuradores do Ministério Público de Santa
Catarina (MP-SC), há indícios de que a LaMia não pertença aos donos que constam
no papel, Miguel Quiroroga, piloto do avião, que morreu no acidente e Marco
Antonio Rocha Venegas, que está foragido.
De acordo com os documentos de fretamento do avião, os
verdadeiros donos seriam a venezuelana Loredana Albacete Di Bartolomé e seu
pai, ex-senador venezuelano, Ricardo Alberno Albacete Vidal.
Até o momento, o governo boliviano já responsabilizou quatro
pessoas pelo caso. O dirigente geral da LaMia, Gustavo Vargas Gamboa e seu
filho, Gustavo Vargas Villegas, diretor de registro Aeronáutico Nacional da
Direção Geral de Aeronáutica Civil (DGAC).
Além deles, o diretor de Operação, Marco Antonio Rocha Venegas
e Celia Castedo, ex-funcionaria da Administração de Aeroportos e Serviços Auxiliares
de Navegação Aeronáutica da Bolívia (Aasana) também estão sendo
responsabilizados.
Os familiares das vítimas receberam o seguro obrigatório da
Chapecoense, mas não receberam a indenização da seguradora da LaMia, a Bisa. A
empresa se negou a pagar o seguro de U$ 25 milhões, pois, segundo a seguradora,
Miguel Quiroroga, colocou em risco a segurança do avião e dos passageiros ao
voar sem combustível.
A Bisa informou que pagaria U$ 200 mil para cada familiar dos
passageiros por ‘’razões humanitárias, desde que não processem pessoas ligadas
à LaMia. Ninguém aceitou o valor imposto até o momento.
Por Luiza Santana
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