As
diferentes atividades culturais serão mais frequentadas se as Casas de Cultura estiverem
mais próximas da periferia
A
zona sul de São Paulo ocupa a pior posição no ranking de equipamentos culturais
instalados nas periferias. O estudo é da Rede Nossa São Paulo, órgão
responsável por elaborar o Mapa da Desigualdade na capital do estado, divulgado
em novembro de 2018.
Na comparação, o distrito da
Sé apresentou o melhor desempenho em aparelhos culturais. Existem 3,09 centros
culturais, espaços e casas de culturas municipais, estaduais, federais e
particulares instaladas para cada 10 mil habitantes. Enquanto nos bairros de Cidade
Adhemar e Eng. Marsilac nenhum equipamento cultural foi encontrado, no Grajaú
existe 0,16.
Casas de Cultura da Secretaria Municipal de cultura.
Foto:
Marcos de Oliveira
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Para a líder da Coordenadoria de Casas
de Cultura do Município, Priscila Machado, a desigualdade cultural apontada nas
periferias da cidade se dá porque a administração das Casas de Culturas esteve
com as subprefeituras de 2004 a 2014. “Desde que
a Secretaria de Cultura reassumiu a coordenação dos equipamentos, muitos esforços
foram feitos para reestruturar as casas que já existem e instalar novos
equipamentos nas regiões solicitadas, como ocorreu em Parelheiros onde havia
uma demanda antiga”, afirma Priscila.
Em relação a frequência nos equipametos culturais, o Mapa
apontou que 28 % dos entrevistados não frequentaram aos shows , 28%, não foram
aos Centros Culturais, 11% não assistiram aos espetáculos e 26% deles não
participaram dos saraus, porque os eventos não estiveram próximo de suas
residências. Entre os que não participaram de nenhuma atividade cultural nos
últimos 12 meses, 31% frequentariam se fossem realizados próximos de suas casas.
Apesar dos números, a coordenadora diz que a frequência nas
Casas de Cultura tem aumentado a cada ano. “Em 2016 foram 86 mil, 2017,
200 mil e em 2018, 400mil pessoas visitaram os 20 equipamentos culturais
instalados na capital paulista”, afirma Priscila.
Jovens fazem oficina
de dança na Casa de Cultura de Parelheiros. Foto: Casa de Cultura
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Para
que a visita do público continue em ascensão, o coordenador da recém-inaugurada
Casa de Cultura de Parelheiros, Rafael Santiago, definiu algumas estratégias. “Temos
que mostrar o que é ter uma Casa de Cultura na região e o que significa
participar das ações que ela promove”, além disso, “é preciso realizar um
trabalho com aqueles coletivos que vão atuar aqui. Temos que ser didáticos,
burocrático para esse tipo de situação, da economia criativa, do dinheiro que
rola por ai”, conclui Rafael.
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