Pesquisa feita pela Unifesp
revela a gravidade do quadro no Brasil; tema permeou o debate na 45ª semana da
Psicologia da Unisa, realizada em São Paulo.
Por Marcos de Oliveira
O
suicídio é o segundo maior causador da morte de pessoas com idade entre 15 a 29
anos no Brasil. Anualmente, 800 mil jovens tiram a própria vida por razões socioeconômicas,
desigualdade social e desemprego, de acordo com o estudo da Universidade
Federal de São Paulo (Unifesp), divulgado em abril deste ano. A pesquisa foi realizada
em cinco capitais entre janeiro de 2006 a dezembro de 2015.
Para
Elson Asevedo, psiquiatra e condutor do estudo, “Sentimentos de desesperança e
inutilidade, que frequentemente ocorrem em quadros depressivos, são
frequentemente vistos como mecanismos psicológicos desencadeantes do
comportamento suicida. Esses mesmos sentimentos parecem muito prevalentes na
geração de jovens desalentados, sem propósitos claros, que nem trabalham nem
estudam”, analisa o psiquiatra.
Segundo
a professora-doutora, coordenadora do Curso de Psicologia da Universidade Santo
Amaro (Unisa), Jumara Sílvia Van De Velde, “a depressão não cuidada, mal
tratada pode levar ao suicídio. Aqui no Brasil, há um enorme desconhecimento
sobre as doenças mentais, e como se não bastasse, as pessoas têm vergonha de
dizer que estão sofrendo”.
A
prevenção ao suicídio foi um dos temas da 45ª Semana da Psicologia da Unisa,
realizada em São Paulo, com a participação de alunos, professores e coordenadores.
“As temáticas foram: Como faço para não adoecer? Como desenvolvo a minha
inteligência emocional? como lido com essas emoções? Como lido com as
frustrações e os obstáculos da vida? Apesar deles, vou ser feliz sem adoecer?”,
conclui a coordenadora.
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