Palestra de trançadeira sobre o
sistema de comunicação utilizado pelos escravos no Brasil despertou os alunos
da instituição
Por Marcos Cruz
Os
alunos do curso de publicidade e Propaganda da Universidade Santo Amaro (Unisa)
manifestaram interesse em apoiar o “Projeto Tançar”, ação que ensina pessoas
carentes de comunidade fazer tranças nos cabelos. A manifestação aconteceu após
a palestra da trançadeira Gladi Aragão, no dia 26, na 10ª Semana da Comunicação
da instituição, realizada na cidade de São Paulo.
O
“Projeto Trançar” foi financiamento do Programa de Ação Cultural (ProacSP) , de dezembro de 2018 a junho de 2019. Ele
ensinou a arte de trançar a 300 pessoas, das comunidades carentes da zona sul
da capital.
Modelo Thainá Alves do Projeto Trançar no desfile de tranças na Unisa. Foto: Kerolayne Kimbelly |
A
cabeleireira afirmou que no período de escravidão no Brasil, as tranças nos
cabelos indicavam a posição social, rotas de fugas, estado civil e o estado de
espírito em que as pessoas se encontravam.
Em relação a como os escravos tomavam conhecimento do caminho para fugir,
Gladi disse, “as tranças conhecidas como ‘rotas de fuga’ mostravam para os
escravos, o trajeto que deviam seguir para chegar aos quilombos. Caso o roteiro
fosse descoberto, novos trajetos eram criados e, consequentemente, os desenhos
de tranças também”. A palestra contou com o apoio de nove modelos no desfile.
Após
apresentação Gladi respondeu a perguntas dos participantes e realizou uma
oficina, onde trançou o cabelo das alunas que se ofereceram.
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