segunda-feira, 9 de novembro de 2020

Músicos retomam as atividades em São Paulo

 Com a reabertura parcial dos estabelecimentos, artistas rua, em geral, retomam aos poucos o dia a dia


Por: Livia Alves

Devido ao isolamento social causado pelo Coronavírus, diversos artistas como músicos ficaram desamparados sem sua forma principal de renda. Com a cidade de São Paulo entrando em fase amarela, e aumentando a circulação de pessoas sobretudo no centro da cidade, alguns desses músicos passaram a reocupar seus pontos de shows e busca por retomar essa renda perdida.

A cantora e editora Nega Preto NP comenta sobre a quarentena ter afetado sua renda. “Os shows eram o que me garantia algum retorno, mesmo que vendendo CD's. É raro ter algum evento que possa ‘rolar’ sem aglomeração contratando artistas menos consolidados na cena nacional. Sobraram pouquíssimas coisas e o auxílio (emergencial) veio a ser bem útil”, afirma NP. A cantora também fala sobre como isolamento social proporcionou um novo público, porém, não é o suficiente para complementar a renda. “Felizmente ainda rolam alguns (eventos) online, mas nem todos remunerados. O lado bom foi que isso trouxe um grande público para acompanhar as redes sociais e plataformas digitais”, destaca.

O cantor Vinidarima afirma que antes da pandemia sua remuneração vinha de suas apresentações em trens e metrôs. “Antes eu tirava só uma renda com isso, hoje vivo, sobrevivo e existo por e com música. Em relação a antes da quarentena, ainda está escasso, mas acho que em comparação, hoje em dia o movimento é maior de desde o começo (do isolamento social)”, explica.

Diferente do Vinidarima e da cantora Nega Preto, Luz começou sua carreira musical durante a pandemia. “Comecei a me apresentar na quarentena, depois da flexibilização, nos metrôs de São Paulo. Agora que sobrevivo da arte (...). Por ter começado a cantar durante a quarentena, não vi muita coisa, mas cantar de máscara é incômodo, não poder ver o sorriso das pessoas é incômodo”, diz Luz.

Apesar da mudança beneficiar este grupo que tem sofrido com a falta de trabalhos, a Organização Mundial da Saúde (OMS) continua a afirmar que o isolamento social é necessário. A prática de cantar e tocar instrumentos dentro dos metrôs e trens, apesar de não permitida pelo governo, são muito comuns na cidade de São Paulo.


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