terça-feira, 18 de agosto de 2020

Espaços culturais passam a funcionar virtualmente

 

Pontos turísticos mundialmente conhecidos são disponibilizados gratuitamente em plataformas digitais.


Por Livia Alves

Devido a crise causada pelo coronavírus, diversas atrações turisticas pelo mundo foram fechadas para evitar aglomeração. Em uma iniciativa para permitir o acesso a cultura, a administração museus e regiões famosas, disponibilizaram virtualmente um tour gratuito por lugares como o museu do Louvre, Gran Canyon, Taj Mahal, Egito antigo e muitos outros.

Nessa viagem pelo mundo, o Brasil não ficou de fora ao mostrar vários locais como o Museu Casa de Portinari, Pinacoteca, Museu Oscar Niemeyer, Museu Nacional, que sofreu uma grande perda com o incêndio em 2018, e até mesmo a Amazônia.

A iniciativa tem aberto espaço para a diversificação cultural. De acordo com o fotógrafo Sérgio Carvalho, museus que muitas vezes não eram conhecidos por pessoas de determinadas regiões, podem passar a ser acessíveis, “A digitalização de acervos tem um potencial gigantesco para atingir principalmente o público jovem e carente de equipamentos culturais, como populações de periferia e que vivem distante das grandes capitais, onde geralmente estão esses museus.”, afirma Carvalho.

Os sites podem ser acessados por qualquer tipo de computador e smarthphone, porém, de acordo com Felipe Andrade dos Santos, Estagiário de Rádio TV da Universidade Santo Amaro (UNISA), pode ser um pouco complicado para aparelhos mais antigos. “Reparei que em certos sites o modo de visualização deixou a desejar, por ser criado para se navegar pelo computador. Deixou um pouco desconfortável para quem tem acesso pelo celular e tem um computador antigo, que foi o meu caso com o site do Grand Canyon, mas sem dúvida é uma experiência bem divertida”, conta Andrade.

A situação atual tem obrigado diversas instituições a disponibilizarem seus acervos. Segundo o professor e pesquisador na área de comunicação e estética, Guilherme Sardas, uma das grandes vantagens é a confiabilidade desse conteúdo, pelo mesmo vir direto da fonte, além da ampliação do público. “Esse crivo de curadoria extremamente especializado a um público, que é uma quantidade de pessoas que não teriam condições de viajar e pagar pelo seu ingresso. É uma situação atípica, a pandemia gerando um processo de democratização da cultura e da arte. As instituições tiveram que achar alternativas criativas para continuarem exercendo seu papel na sociedade.”, afirma o professor.

Apesar dessa novidade ser uma adaptação por conta da pandemia, de acordo com Sardas existe a possibilidade de que isso venha ser uma tendência num mundo pós pandemia. “Eu acredito que nasce uma nova era em que a internet vai possibilitar imersões cada vez mais profundas que não vão substituir o contato presencial, mas que vão chegar muito próximo disso, portanto, é uma nova forma de divulgação da cultura na nossa sociedade no século 21.”, afirma. 

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