O prefeito de São Paulo Bruno Covas anuncia a
reabertura de 70 dos 108 parques municipais e estaduais.
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"Parque Ibirapuera Conservação visto do mirante do Museu de Arte Contemporânea". Foto: Livia Alves |
Por: Livia Alves
A
partir do dia 24/08, 70 dos 108 parques de São Paulo voltaram a funcionar no
horário tradicional, com exceção dos finais de semana. Dentre esses locais, o
Parque Ibirapuera Conservação, Chácara do Jóquei e o Parque do Povo já estão em
funcionamento. A decisão foi anunciada pelo prefeito Bruno Covas, no dia 21/08
numa época em que a cidade já havia instaurado a fase amarela da quarentena, em
que os estabelecimentos podem funcionar até 8h diárias.
Com o objetivo de reduzir o
contágio pelo coronavírus, o fechamento dos parques foi uma medida necessária
para incentivar o isolamento social e, diminuir aglomerações. Apesar da
reabertura, eventos sociais, academias ao ar livre e até mesmo os bebedouros
estão restritos para manter os cuidados necessários.
De acordo com o ilustrador Caio
Zelotek, a reabertura é algo positivo e fará bem a saúde, tanto física quanto
mental da população. “As pessoas precisam sair para caminhar, se exercitar
mesmo com a situação atual, desde que usem máscaras e cumpram com as medidas de
higiene (...) é apropriado para a saúde mental”, afirma Zelotek.
O velocista Natanyel Thomas acredita que é cedo para essa mudança. “Fico feliz por voltarmos a ter acesso aquele maravilhoso lugar, repleto de história e cultura, sem falar no contato com a natureza. Porém, é muito cedo, ainda não temos cura nem vacina para esse vírus”, diz Thomas.
Como medida de prevenção,
alguns parques, como o Parque do Carmo, fizeram marcações no gramado como forma
de evitar aglomerações. Porém, a reabertura tem divido opiniões tendo em vista
que, de acordo com o consórcio de veículos de imprensa, São Paulo é o primeiro
na lista de casos de coronavírus no Brasil, passando da marca de 29.000 mortes.
O enfermeiro Patrick Zipperer
Janckowski, que atuou na linha de frente da luta contra o coronavírus, fala
sobre a falta maturidade da população em adotar medidas para a reabertura. “É
bem complicado fazer uma reabertura total ou parcial, não é uma boa atitude
porque a população ainda não está preparada. O público geral não tem maturidade
em usar a máscara e o álcool em gel. Apesar do número do contágio estar
diminuindo gradativamente, e com uma boa redução dos leitos da UTI, precisamos
que as pessoas estejam cientes antes de fazer uma reabertura como essa”,
pondera Jancowski.
O enfermeiro também fala sobre
como essa situação pandêmica tem afetado os profissionais da saúde. “Os
trabalhadores da saúde estão exaustos. Eu trabalhei especificamente na linha de
frente da covid-19, por alguns meses, sai recentemente e, inclusive fui o
primeiro da minha equipe a ser contaminado pelo vírus. Eu acredito que precisamos
manter o isolamento e principalmente monitorar a curva de contágio”, complementa
Janckowski.
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