*Por: André Leonardo, Maurício Ferreira e Joice Maciel
Um dos
maiores inimigos do jornalismo podem ser as pessoas das quais se obtêm a
informação. Isso faz com que a busca por fontes relevantes e confiáveis seja
algo que os jornalistas tenham que enfrentar diariamente.
As fontes têm
como base nos dar à certeza de que a informação transmitida está livre de
suposições e “achismos”, garantindo assim uma relação de confiabilidade entre o
jornalista e o leitor. O trabalho do jornalista também consiste em apurar de
modo exaustivo, além de fazer um intenso trabalho de pesquisa. Portanto, quanto
mais sólidas e confiáveis forem suas fontes, melhor será o resultado do seu
trabalho.
Crédito: Reprodução
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Entretanto,
existem fontes que apenas visam ser o destaque de uma matéria e/ou reportagem,
não se importando com os aspectos de veracidade e comprometimento na hora de
prestar informações sobre determinado assunto. Tal atitude pode provocar danos
irreversíveis. Um bom exemplo disso refere-se ao caso da escola Base, de São Paulo, ocorrido em 1994, que
transformou, ou ao menos se acredita, o modo como repórteres e jornalistas
passaram a se relacionar com suas fontes.
Naquela
ocasião, profissionais dos mais variados veículos de comunicação, no afã de
darem o furo de reportagem e conquistarem visibilidade, meteram os “pés pelas
mãos”, passando a considerar fonte confiável pessoas que citassem quaisquer
coisas relevantes ao ocorrido. Os resultados disso todos conhecem. Vidas foram
arruinadas e inocentes acusados injustamente, sem que o inquérito policial
apresentasse sequer uma única prova concludente.
A partir desse episódio, jornalistas e repórteres repensaram suas atitudes diante das fontes, conscientizando-se da necessidade de uma apuração minuciosa dos fatos, confirmação de provas e consistência dos relatos.
Evitar essas
fontes é essencial. Pessoas que não agregam informação e comprometem o trabalho
jornalístico e a credibilidade da notícia. Contudo, isso não exime a
responsabilidade dos profissionais da comunicação. Compete a estes apurarem e
filtrarem as informações obtidas priorizando fontes que de fato tenha
comprometimento com a verdade, contribuindo efetivamente para a construção da
notícia.
A falta de
apuração nos relatos das fontes permitiu aos jornais criarem chamadas
sensacionalistas. O trabalho do jornalista é sempre desconfiar de todos.
Inclusive suas fontes confiáveis. A ratificação dos fatos se dá na medida em
que o profissional elimina quaisquer tipos de dúvidas que existam no processo
de apuração da notícia.
A
produtividade está ligada à capacidade das fontes fornecerem material suficiente
para a produção da notícia, permitindo que os jornalistas obtenham de suas
fontes o maior número possível de dados e/ou elementos a serem confrontados. Tendo
em vista então o episódio da Escola Base, todavia
devemos nos questionar: qual o critério de um jornalista para atribuir
credibilidade a uma fonte? Tal pergunta deve ressoar diariamente na mente de
cada um de nós, jornalistas.
*São alunos do 7º semestre de Jornalismo da Universidade de Santo Amaro (Unisa).
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