Em tempos
da covid-19, docentes se reinventam para dar aulas e contam com a desenvoltura
de discentes na solução de problemas
Por Marcos Cruz
A
portaria nº 343, de 17 de março de 2020, do Ministério da Educação (MEC), autorizou
o ensino a distância em cursos presenciais, com intuito de minimizar os efeitos
da pandemia provocados pelo novo coronavirus. Afinal, as aglomerações estão
suspensas em várias regiões do País.
Consequência
do atual momento, gestores de ensino, professores e alunos têm se esforçado
para implementar o ensino a distância em curto espaço de tempo. As
dificuldades, claro, têm sido muitas.
Para
Rubens Ferreira, representante de sala no 1º. Semestre do Curso de Pedagogia da
Universidade Santo Amaro (UNISA) e experiente em plataformas de
videoconferência, as aulas online não causaram espanto. “Para mim, o processo
de adaptação foi até tranquilo, já que eu tinha experiência com esse tipo de
ferramenta. Mas para alguns alunos da turma, a dificuldade foi em entender como
funciona tudo isso, mas hoje todos aprenderam usar a ferramenta”, afirma
Ferreira.
Já
Rosana Teixeira da Silva, colega de classe de Ferreira, até então sem nenhum
contato com aulas online, o empenho do representante de sala e dos professores
fizeram toda diferença. ”Prefiro aula presencial. Até achei que [o curso] seria
interrompido por causa de tudo que estamos passando. No entanto, estou
recebendo suporte dos meus professores e, além disso, o líder da minha sala é
ótimo! Ele nos ajuda em tudo que pode”, afirma Rosana.
Os
professores e os coordenadores de escolas também tiveram suas rotinas alteradas
e precisaram criar formas para dar conta da demanda decorrente das aulas
online, como afirma a jornalista e professora Deise da Roza Oliveira. “Essa é
uma tarefa árdua que para mim e tem me custado madrugadas. Mas o mais
importante é perceber que os alunos aproveitam as aulas e recebem o conteúdo
previsto nas disciplinas”, afirma Deise.
Já
para a coordenadora, Rosângela Silva, do colégio de ensinos fundamental e
médio, Escola Pinheiro, na zona Sul da cidade de São Paulo, “a escola ainda
passa por um momento de adaptação. Em um curto espaço de tempo, os professores
precisaram se reinventar. Ainda é um processo em construção. Evidentemente não
é fácil rever planos e objetivos de ensino ainda em contexto incerto. De
qualquer forma, a escola, principalmente, no âmbito público precisa alcançar
seu aluno neste momento”, conclui Rosângela.