segunda-feira, 11 de maio de 2020

Quarentena revela força de líderes de sala e de professores


Em tempos da covid-19, docentes se reinventam para dar aulas e contam com a desenvoltura de discentes na solução de problemas

Por Marcos Cruz

A portaria nº 343, de 17 de março de 2020, do Ministério da Educação (MEC), autorizou o ensino a distância em cursos presenciais, com intuito de minimizar os efeitos da pandemia provocados pelo novo coronavirus. Afinal, as aglomerações estão suspensas em várias regiões do País.

Consequência do atual momento, gestores de ensino, professores e alunos têm se esforçado para implementar o ensino a distância em curto espaço de tempo. As dificuldades, claro, têm sido muitas.

Para Rubens Ferreira, representante de sala no 1º. Semestre do Curso de Pedagogia da Universidade Santo Amaro (UNISA) e experiente em plataformas de videoconferência, as aulas online não causaram espanto. “Para mim, o processo de adaptação foi até tranquilo, já que eu tinha experiência com esse tipo de ferramenta. Mas para alguns alunos da turma, a dificuldade foi em entender como funciona tudo isso, mas hoje todos aprenderam usar a ferramenta”, afirma Ferreira.

Já Rosana Teixeira da Silva, colega de classe de Ferreira, até então sem nenhum contato com aulas online, o empenho do representante de sala e dos professores fizeram toda diferença. ”Prefiro aula presencial. Até achei que [o curso] seria interrompido por causa de tudo que estamos passando. No entanto, estou recebendo suporte dos meus professores e, além disso, o líder da minha sala é ótimo! Ele nos ajuda em tudo que pode”, afirma Rosana.

Os professores e os coordenadores de escolas também tiveram suas rotinas alteradas e precisaram criar formas para dar conta da demanda decorrente das aulas online, como afirma a jornalista e professora Deise da Roza Oliveira. “Essa é uma tarefa árdua que para mim e tem me custado madrugadas. Mas o mais importante é perceber que os alunos aproveitam as aulas e recebem o conteúdo previsto nas disciplinas”, afirma Deise.

Já para a coordenadora, Rosângela Silva, do colégio de ensinos fundamental e médio, Escola Pinheiro, na zona Sul da cidade de São Paulo, “a escola ainda passa por um momento de adaptação. Em um curto espaço de tempo, os professores precisaram se reinventar. Ainda é um processo em construção. Evidentemente não é fácil rever planos e objetivos de ensino ainda em contexto incerto. De qualquer forma, a escola, principalmente, no âmbito público precisa alcançar seu aluno neste momento”, conclui Rosângela.

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