quarta-feira, 29 de junho de 2016

Tempo seco e temperaturas agradáveis em São Paulo.

Por: Lívia Gomes*


A tarde de quarta-feira (29) foi de céu nublado e sol na capital paulista, apesar do inverno a tarde foi agradável. Os termômetros chegaram aos 24ºC e nas próximas horas não são esperadas grandes mudanças. A temperatura na madrugada continua no padrão da estação atingindo os 12ºC.


Já a quinta-feira (30) será uma repetição dos outros dias, com temperaturas baixas na madrugada e elevação no período da tarde. A máxima chegará aos 24ºC e a mínima aos 12ºC no começo da manhã. 



*Estudante do 7º semestre de Jornalismo da Universidade de Santo Amaro (Unisa)
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terça-feira, 28 de junho de 2016

Julho começa com sol

Por Marilza Santos 

A quarta-feira deverá começar com nevoeiro, mas o sol vai predominar durante o dia. As temperatura vai oscilar entre 12°C  e  25°C, segundo o Centro de Gerenciamento de Emergência (CGE) de São Paulo (SP).


Nos próximos dias, o tempo deverá se manter firme. Sem previsão de chuva. Já as madrugadas vão continuar geladas. O sol, no entanto, vai aparecer na primeira semana de julho

*Estudante do 7° semestre de jornalismo da Universidade de Santo Amaro (Unisa)

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Foro Regional de Santo Amaro inicia projeto Abraço


Por Marilza Santos

A Vara da Infância e da Juventude do Foro Regional de Santo Amaro deu inicio nesta terça-feira (28) a campanha, Abraço: ampliando horizontes e construindo laços. O programa de apadrinhamento afetivo acolhe crianças e adolescentes carentes que foram abandonados pelos pais e não tem oportunidade de carinho e nem a chance de voltar para as suas famílias. 

O objetivo deste projeto é fazer com que essas crianças recebam carinho de pessoas, que necessariamente não precisam ser pais adotivos. O projeto tem apoio da Unifai que oferece cursos gratuitos de capacitação para padrinhos interessados em abraçar o projeto. 


O trabalho é integrado junto com profissionais do curso de Serviço Social, Pedagogia, Direito e cursos que abordam o mesmo tema de incentivo. 

*Marilza Santos é estudante do 7° semestre de Jornalismo da Universidade de Santo Amaro (Unisa)
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segunda-feira, 27 de junho de 2016

Programações de férias no Sesc Santo Amaro

Por: Lívia Gomes*


O período das férias é sempre muito aguardado pelas crianças. E a falta de dinheiro para viagens não é mais um problema para os pais, pois o Sesc Santo Amaro oferece atividades não só para as crianças, mas para os adultos também.

As atividades realizadas pelo Sesc são pensadas e destinadas para públicos de faixas etárias diferentes.  Entre suas atividades estão: Exposições, biblioteca, cinema, teatro e música.  

Além de atividades voltadas para a arte, o Sesc oferece uma estrutura com piscinas, quadras, espaço para realizar churrasco e brinquedos para as crianças.


O Sesc Santo Amaro fica localizado na Rua Amador Bueno, 505, próximo ao Terminal Santo Amaro. E o horário de funcionamento: Terça á Sexta, 10h às 21h30; sábado, domingo e feriado, 10h às 18h30. 


*É aluna do 7º semestre de Jornalismo da Universidade de Santo Amaro (Unisa)
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Tarde de segunda-feira (27) começa ensolarada em São Paulo

Por: Lívia Gomes*

O início de tarde permanece com céu claro e sol na capital paulista. Os termômetros marcam 21ºC e a máxima prevista para hoje é de 23º. Não há previsão de chuvas.


Para os próximos dias, a temperatura permanece estável e a sensação de frio diminui ao longo da semana. A máxima na terça-feira (28) ficará em torno dos 24ºC e a mínima na madrugada chegará aos 13ºC, sem previsão de chuva.  


*É aluna do 7º semestre de Jornalismo da Universidade de Santo Amaro (Unisa)
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sexta-feira, 24 de junho de 2016

Parceiros e concorrentes: a inserção publicitária nos portais jornalísticos - parte 2


Por: Gabriela Cunha e Karen Fraga*

Em rádio, a voz do locutor dá vida ao anúncio, e em jornais e revistas, fotos ou grandes ilustrações ganham espaço chamando à atenção do leitor. Na web, novas formas de anúncio têm sido criadas, conseguindo chamar o leitor a entrar no site da empresa, e ao mesmo tempo deixando o com a sensação de incômodo, por muitas vezes desviá-lo de sua procura inicial. 

Nos primórdios da internet, os anúncios eram “básicos”: uma foto em um lugar no meio do texto ou fora dele. Nada além da transposição do modelo impresso para a web. Hoje, os anúncios invadem a página, fazendo a matéria quase sumir do seu ponto de vista. Um grande exemplo é este abaixo, encontrado na página inicial do portal ESTADÃO: 
Crédito: Reprodução 
Outro problema que é uma grande ideia para o anunciante, mas incomoda o leitor, são os anúncios que “perseguem”. São aqueles produtos que você visualizou no site alguma vez, que detectaram seu interesse nele, e a cada aba da internet que você abrir, ele estará lá te mostrando que você não pode se esquecer dele, afinal eles só estão lá para te dar opções de melhores compras, ofertas, entre outros.
É uma grande ideia, e uma jogada de marketing fantástica, se não fosse pelo fato negativo de incomodar muitos leitores. Afinal, você só pesquisou algo, não deu certeza para ninguém que iria comprá-lo, aquele anúncio ainda te perseguirá por um tempo determinado. 
Crédito: Reprodução
Já nos modelos impressos, a publicidade já se adequou a plataforma. Ficam em lugares fixos na página, tem seus próprios encartes e não ficam no meio da matéria, mas chamam sempre a atenção do leitor mesmo ele sendo preto e branco ou colorido. 

A linguagem da publicidade geralmente é informal, simples e retórica, ela quer chamar o leitor como “você”, se aproximar e o convencer que ele está no caminho certo.  Como o intuito é atrair todos os públicos, a publicidade usa uma linguagem muito simples e direta para a massa. 

Mas... há alternativas?

Os anúncios informativos podem ser um tipo de solução: informar e seduzir o leitor à compra. Pensemos em um anúncio de amaciante de roupas: ele pode dar dicas de lavagem, como fixá-lo por mais tempo na roupa, como preservar a peça, etc. Esses anúncios devem ser baseados pelo veículo de comunicação, e ser indicados a pessoas com um perfil baseado em sua busca pela internet, ou em sites apropriados para a venda do produto, incentivando na compra.

As publicidades simples devem ter seu lugar fixo na página. Por exemplo, no UOL, a primeira publicidade da página tem seu lugar fixo ao lado direito todos os dias. Outra solução é sempre ter um jeito fácil e rápido para sair da publicidade, e não fazer com que seu público fique obrigado a assistir aquilo, nem por tempo determinado. Como podemos analisar no Youtube, na maioria dos vídeos, existe uma publicidade, anúncio ou propaganda, que você é obrigado a ver pelo menos 5 segundos.


Alguns anúncios que estão em formato de gifs, podem levar o leitor a páginas impróprias e causar um dano no computador, por ser vírus, mas que às vezes se misturam com os anúncios de publicidade confundindo o leitor a achar que todos são de fontes confiáveis, por estar em um site seguro. Enfim, a relação desses parceiros históricos – o jornalismo e a internet – é até aqui inevitável e complementar, o que não significa que novas alternativas surjam. Para o bem do leitor e do consumidor.


*São alunas do 7º semestre de Jornalismo da Universidade de Santo Amaro (Unisa)

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Parceiros e concorrentes: a inserção publicitária nos portais jornalísticos - parte 1



 Por: Ana Carolina Araújo, Lívia Gomes e Ronaro Costa*


Em meio a enorme quantidade de informações publicitárias os internautas desejam alcançar as fontes de informação nos portais, mas a dúvida é: como chegar lá sem esses obstáculos?

O jornalismo trava uma luta diária entre manter-se financeiramente e disponibilizar um conteúdo que transmita confiabilidade. Nos sites, as marcas têm competido com os textos, enquanto livros e jornais possibilitam ao leitor uma visão linear sobre o conteúdo sem distrações com anúncios.

A quantidade de acessos por site faz brilhar os olhos dos anunciantes, que acreditam que quanto mais sua marca for vista, melhor é trabalhada a sua imagem. Por isso, desenvolvem-se pop-ups, gaps e gifs que chamem a atenção dos possíveis consumidores.

Alguns sites são mais agressivos com a publicidade, com anúncios que pedem para curtir a página no Facebook, comprar produtos para emagrecer, ou que ocupam o centro da tela durante a leitura, tirando o foco do leitor.

Site UOL poluído com publicidade animada no centro da tela, entre as reportagens e nas laterais.
Crédito: Reprodução            
No geral, os leitores que procuram manter-se informados pela web pretendem otimizar tempo e conseguir resultados rápidos em pesquisas objetivas, então o ideal é usar de ações que mantenham o leitor durante o maior tempo possível no site, e não que o retirem de lá.

Os navegadores Google Chrome e Firefox também disponibilizam a opção de bloqueio de publicidades, através de extensões, como Adblock Plus, que perseguem e bloqueiam publicidades, tornando a navegação menos poluída.

O site “The New York Times” tem uma atitude diferente diante da publicidade, a única publicidade que há no NYT é convidando o leitor a assinar sua versão online ou imprensa, possibilitando uma leitura livre da poluição provocada pela publicidade. 

Já o site UOL abre publicidade no centro da tela do computador assim que é acessado, há publicidade espalhada por toda a página inicial e entre as chamadas das matérias, tornando a experiência do leitor um verdadeiro caos.

Crédito: Reprodução



 *São alunos do 7º semestre de Jornalismo da Universidade de Santo Amaro (Unisa) 


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quinta-feira, 23 de junho de 2016

Boas fontes: um antídoto para o sensacionalismo

*Por: André Leonardo, Maurício Ferreira e Joice Maciel 

Um dos maiores inimigos do jornalismo podem ser as pessoas das quais se obtêm a informação. Isso faz com que a busca por fontes relevantes e confiáveis seja algo que os jornalistas tenham que enfrentar diariamente.

As fontes têm como base nos dar à certeza de que a informação transmitida está livre de suposições e “achismos”, garantindo assim uma relação de confiabilidade entre o jornalista e o leitor. O trabalho do jornalista também consiste em apurar de modo exaustivo, além de fazer um intenso trabalho de pesquisa. Portanto, quanto mais sólidas e confiáveis forem suas fontes, melhor será o resultado do seu trabalho.

Crédito: Reprodução

Entretanto, existem fontes que apenas visam ser o destaque de uma matéria e/ou reportagem, não se importando com os aspectos de veracidade e comprometimento na hora de prestar informações sobre determinado assunto. Tal atitude pode provocar danos irreversíveis. Um bom exemplo disso refere-se ao caso da escola Base, de São Paulo, ocorrido em 1994, que transformou, ou ao menos se acredita, o modo como repórteres e jornalistas passaram a se relacionar com suas fontes.
Naquela ocasião, profissionais dos mais variados veículos de comunicação, no afã de darem o furo de reportagem e conquistarem visibilidade, meteram os “pés pelas mãos”, passando a considerar fonte confiável pessoas que citassem quaisquer coisas relevantes ao ocorrido. Os resultados disso todos conhecem. Vidas foram arruinadas e inocentes acusados injustamente, sem que o inquérito policial apresentasse sequer uma única prova concludente.

A partir desse episódio, jornalistas e repórteres repensaram suas atitudes diante das fontes, conscientizando-se da necessidade de uma apuração minuciosa dos fatos, confirmação de provas e consistência dos relatos.
  
Evitar essas fontes é essencial. Pessoas que não agregam informação e comprometem o trabalho jornalístico e a credibilidade da notícia. Contudo, isso não exime a responsabilidade dos profissionais da comunicação. Compete a estes apurarem e filtrarem as informações obtidas priorizando fontes que de fato tenha comprometimento com a verdade, contribuindo efetivamente para a construção da notícia.

A falta de apuração nos relatos das fontes permitiu aos jornais criarem chamadas sensacionalistas. O trabalho do jornalista é sempre desconfiar de todos. Inclusive suas fontes confiáveis. A ratificação dos fatos se dá na medida em que o profissional elimina quaisquer tipos de dúvidas que existam no processo de apuração da notícia.

A produtividade está ligada à capacidade das fontes fornecerem material suficiente para a produção da notícia, permitindo que os jornalistas obtenham de suas fontes o maior número possível de dados e/ou elementos a serem confrontados. Tendo em vista então o episódio da Escola Base, todavia devemos nos questionar: qual o critério de um jornalista para atribuir credibilidade a uma fonte? Tal pergunta deve ressoar diariamente na mente de cada um de nós, jornalistas. 


*São alunos do 7º semestre de Jornalismo da Universidade de Santo Amaro (Unisa). 
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quarta-feira, 22 de junho de 2016

Unisa recebe o cardiologista Roberto Kalil Filho

             Formado em 1985 pela Unisa, o agora diretor do Instituto do Coração se lembrou dos tempos em que era universitário e presenteou a instituição com livros de sua autoria.


Por Marilza  Santos e Lívia Gomes*


Dr. Roberto Kalil Filho
A Universidade de Santo Amaro (Unisa) recebeu, na última quarta-feira, 15 de junho, o médico cardiologista Roberto Kalil Filho. Aluno da instituição, formado em 1985, doutor Kalil Filho participou de um bate-papo com os estudantes de medicina, no Campus I da Unisa.

Relembrando os tempos de universitário, o médico, hoje diretor da divisão de Cardiologia Clínica do Instituto do Coração (Incor), visitou os lugares da instituição, chamada à época de Osec, que mais marcaram sua vida acadêmica. Um ‘encontro’ que já não acontecia há 29 anos.

Na visita desta vez, contudo, o doutor Kalil Filho foi homenageado por professores e médicos da Universidade. E encorajou os alunos a não desistir da medicina. E nem parar pelo caminho: “Cabeça erguida, não tem segredo. Estude e tenha determinação, assim você chegará onde quiser”, afirma o cardiologista a U-Web, o portal de notícias do Núcleo de Práticas de Comunicação da universidade.

O atual diretor do Incor, e membro do Conselho de Administração da Sociedade Beneficente de Senhoras do Sírio-Libanês, também falou sobre os tempos de universitário. “O aluno de medicina precisa de boa formação e estrutura para conseguir colocar em prática tudo o que aprendeu. E o aluno da Unisa tem condição de ter uma boa formação e um bom desempenho, dependendo do aluno.”, declara.

No bate-papo com os candidatos a médico, não esqueceu de enfatizar os desafios da profissão ao longo da carreira, garantido que esses questionamentos são os mesmos vividos por estudantes que ainda estão em formação: “Sempre há aquele medo de que: ‘será que vou entrar em uma residência boa?’, ‘será que eu não vou conseguir?’. Você tem que ser determinado e estudar”, encoraja o cardiologista.


Durante a visita à Unisa, o doutor Kalil ainda presenteou a biblioteca do Campus I, entregando em mãos à Reitora da instituição, Margareth Rose Priel, dois exemplares do livro de autoria própria “Medicina Cardiovascular – Reduzindo o Impacto das Doenças”.



A Reitora da Unisa, Margareth Rosa Priel, recebe os livros do Dr. Kalil Filho 

Brasil

 “A medicina no Brasil é uma das melhores do mundo; eu considero a melhor do mundo, com excelentes profissionais. E possui técnicas que não deixam a desejar, além dos grandes centros com boa tecnologia”, atesta.

Famosos

O reconhecimento de seu trabalho acabou transformando personalidades do País em seus pacientes, como o ex-presidente Lula, Dilma Rousseff e José Sarney, os cantores Gilberto Gil, Wanessa Camargo e Roberto Carlos, além do humorista Tom Cavalcanti, entre outros. “Sou médico e sou profissional, fama para mim é balela, atendo todas as pessoas de igual modo”, assegura.

                                                             
                                                                              Inspiração
O Dr. Kalil me inspira bastante, afirma o futuro
médico Ernaque Malta, estudante da Unisa.

Ernaque Malta, de 23 anos, é estudante do 6º ano de Medicina da Unisa e conta como tem lidado com as dificuldades pessoais e profissionais. “A maior dificuldade que encontrei foi ficar longe da minha família tanto tempo. Saí de casa muito novo, cheguei a São Paulo, não tinha ninguém da minha família aqui, deixei todo mundo na Bahia. Para mim, esta foi a parte mais difícil”, lembra.


Para o estudante, Roberto Kalil Filho é uma inspiração. “O doutor Kalil é uma pessoa que me inspira bastante, por seu exemplo, sua carreira, sua trajetória e até mesmo porque quero seguir a mesma área que a dele, a cardiologia. E ele tem uma história de sucesso que todos conhecem, e se algum dia eu puder fazer algo parecido, vou ficar muito satisfeito também”, projeta. 




*Estudantes do 7° semestre de Jornalismo da Unisa
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Tarde de sol e madrugadas geladas

Por: Marilza Santos

A tarde desta quarta-feira (22) permanece com  nebulosidade , mas com o surgimento do sol diminuiu a sensação de frio e as temperaturas chegaram aos 20°C, segundo o Centro de Gerenciamento de Emergência  (CGE) de São Paulo (SP).  

No entanto, pancadas de chuva poderão no começo da noite. E as  madrugadas devem permanecer  geladas,  devido à frente fria que se desloca do Litoral Sul para São Paulo.


A quinta-feira (23) deve amanhecer nublado e com chuva, que vai perdendo a intensidade ao longo do dia, com o aparecimento do sol.  As temperaturas atingem mínima de 12°C e a máxima será de 19°C.  


*Marilza Santos é estudantes do 7º semestre de Jornalismo na Universidade de Santo Amaro (Unisa). 
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Tudo por um "like": o jornalismo sensacionalista nas redes sociais

Por: Ana Schuchovski, Barbara Batista e Wagner Fernandes

                    Crédito: Reprodução

 O jornalismo feito online já está presente e estabelecido nas timelines e feeds de notícia de um leitor-internauta médio. Veículos jornalísticos já têm participação ativa e constante, tanto em sites quanto em redes sociais, capazes de publicar notícias de maneira mais dinâmica.

 Na internet, existe uma regra clara: chamar a atenção do internauta. Em tempos em que o ser humano consegue manter-se concentrado por poucos segundos até que algo o disperse, diversos artifícios são utilizados para fisgar a atenção do leitor-internauta para que ele clique naquela notícia em vez de rolar a página para assistir mais um vídeo de animais bonitinhos ou compartilhar um novo “meme” da moda.

 Desde que o jornalismo é jornalismo, uma matéria ou reportagem pede obrigatoriamente por uma manchete. De uma maneira geral, a manchete retrata o assunto mais importante daquela edição, seja em um jornal, revista, telejornal.

 Na internet, esse sistema não é diferente. Mas sob a pressão de se destacar, chamar atenção do leitor e ganhar notoriedade, likes e compartilhamentos, algumas manchetes tendem para o exagero, ou seja, para o sensacionalismo.  

 Um caso recente é a da seguinte manchete: “Temer deverá assumir a presidência um dia após PMDB decidir sobre desembarque”, compartilhada nas redes sociais do jornal Folha de S. Paulo. A construção ambígua da manchete é explicada somente ao longo da matéria, que explica que Temer assumirá a presidência, temporariamente, enquanto a presidente Dilma Rousseff viaja aos EUA, um procedimento de praxe, não só em Brasília, mas em qualquer estado ou cidade.


Crédito: Reprodução

 Há uma intenção muito clara na construção da manchete: chamar a atenção pelo choque. Até entender que “Temer assumir a presidência” não tem nenhuma relação com o possível processo de impeachment ou renúncia de Dilma Rousseff, o leitor precisará clicar no link, ser redirecionado ao site e ler a reportagem.

Além da óbvia manipulação da informação – pois a manchete oferece uma informação incompleta que dá espaço para mais de uma interpretação – pode-se considerar até uma atitude de má-fé por parte do jornalista ao construir uma manchete sensacionalista como essa apresentada pela Folha (e reproduzida por diversos outros veículos).

  Longe da política, a seguinte manchete pipocou no portal UOL nesta semana: “Record contrata “mãe” que explorava Grazi Massafera”. Apenas ao abrir a matéria, o lead explica: a atriz Ana Barroso, que interpretou a mãe de Grazi Massafera na novela Verdades Secretas, foi contratada pela Record, para integrar o elenco do próximo lançamento da emissora “A Terra Prometida”. 

Crédito: Reprodução



 Nos caminhos percorridos dentro do universo digital, em especial em redes sociais populares como o Facebook, esse tipo de artimanha é comum para fisgar o usuário. A questão é: o manchetismo tendencioso é uma espécie de trapaça com o leitor, uma armadilha.

 O usuário consciente, que domina e faz uso de diversos canais digitais diariamente, é capaz de perceber essa manobra e questioná-la, interna e externamente, através das próprias redes – um exemplo claro dessa contestação são as demonstrações de revolta contra a emissora rede Globo, que têm crescido desde 2013.
 Isso porque, para quem tem o interesse em se aprofundar no fato que despertou a curiosidade, encontrar uma matéria que desminta o grande “boom” do título pode ser muito frustrante, além de soar como manipulação da informação. 


Crédito: Reprodução
 No dia-a-dia isso é fácil de se comprovar. Basta perceber o grande fluxo de notícias próprias desse objeto de estudo – o manchetismo tendencioso e sensacionalista – compartilhadas nas redes sociais como verdade absoluta. O poder do botão “compartilhar” pode transformar qualquer manchete de um site em uma cadeia sem fim de boatos infundados pelo tipo de usuário, que diferente do citado anteriormente, não se aprofunda na notícia e na busca pela informação, e acredita no que está contido apenas no título, repassando para outros com o mesmo comportamento de consumo de conteúdo, e acaba transformando o sensacionalismo numa imensa bola de neve.

 O jornalismo precisa se reinventar no Brasil. E como jovens profissionais da área esperamos que isso aconteça. Que façamos isso acontecer. É sim realidade que a internet mexeu diretamente com a forma de consumir conteúdo e informação no país e que o nosso produto final, a notícia, precisa ser atraente para o consumidor.

 Mas tratá-la apenas como objeto de consumo perecível, esquecendo do papel social da informação jornalística para o desenvolvimento do pensamento crítico do cidadão é a desconstrução (e desvalorização) da profissão de jornalista, que ao invés de levar o leitor ao ato de pensar e questionar, passa a servi-lo de mais pão e circo. E para isso, considerando o número de ferramentas de alienação já existentes, o jornalismo se torna desnecessário e vazio, incorporando em nossas vidas como ‘mais do mesmo’.

 Reinventar não significa desconstruir. Isso porque para que jornalismo digital exista não é preciso deixar de ser jornalismo. De zelar pela objetividade, pela verdade e cumprir sua função social.  Pois, veja: se eu tirar de uma xícara o fundo, ela poderá continuar parecendo uma xícara, mas já não terá a mesma função. De que vale uma xícara que não sustenta o café dentro? O objeto existe mas é inútil.  

 A mesma premissa cabe a esse jornalismo que não informa: é preciso levar a notícia como ela é. Sem truques sensacionais que atraia um enxame de curiosos, mas que não os alimente de informação. Para construir um novo meio de aceitação junto ao público, de reafirmar e revalorizar o jornalismo, sem ser desleal aos seus princípios e à sociedade, precisamos partir daí.


*Ana Schuchovski, Barbara Batista e Wagner Fernandes são alunos do 7º semestre de Jornalismo da Universidade de Santo Amaro (Unisa). 

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terça-feira, 21 de junho de 2016

A publicidade de má-fé na web: a propaganda em forma de notícia



Por: Cristiane Palmeira, Raquel Reis e Talita Raquel


Ainda que o modelo de negócios do jornalismo na web esteja sendo revisto, a publicidade representa uma importante fatia de lucro dos portais de notícias. Há várias formas de serem feitas as publicidades, as mais populares são o banner ou o insistente pop-up.

Com a opção dos bloqueios de propagandas indesejadas através de extensões adwares, as empresas publicitárias viram-se obrigadas a buscarem novas alternativas, e um dos modelos escolhidos foi o de anúncio inspirados em layouts do jornalismo impresso, o chamado publieditorial, com lide e manchete, que são chamativos e atraem a atenção.

Publicidade ou jornalismo?

Para compreender melhor como funciona esse produto, uma empresa compra um espaço determinado (que já possui uma centimetragem e um valor correspondente) e faz a publicidade, a fim de conquistar mais clientes. Outro objetivo comum é segurar o leitor por mais tempo dentro do seu site, e, é nesse ponto que temos um grande problema: os anúncios que agem de má-fé e adotam a linguagem jornalística com manchetes semelhantes às notícias reais e sem cunho comercial, para atrair cliques e gerar mais rentabilidade. Abaixo é possível ver um exemplo de publicidade camuflada nesses moldes, no Portal Terra:

Site Doutíssima do portal Terra: notícias patrocinadas
crédito: Reprodução

A princípio, a prática dessa estratégia parece ser adequada ao universo online, por adicionar mais informações, mesmo que elas sejam publicitárias, vinculadas a uma instituição particular.

Porém, o descontentamento do leitor ao clicar em uma notícia, achando que será informado sobre algo relevante e se deparar com uma estratégia de marketing e publicidade, acaba gerando sua fuga instantaneamente, além de perder pouco a pouco a credibilidade do propagador como fonte de notícia.

Pode até parecer vantajoso para o anunciante os cliques desse consumidor ou até mesmo para o portal, mas essa ação pode acarretar efeito rebote, inverso na fidelização desse meio.

Por mais transparência

Debruçamos-nos, claramente, com uma questão ética, pois o pacto implícito de confiabilidade entre veículo e leitor é rompido nesse tipo de modelo ambíguo e confuso de notícia e publicidade. Apesar de pertencerem ao mesmo campo de comunicação social, os caminhos se divergem. Enquanto a publicidade usa de artifícios mercadológicos com lucro financeiro, o jornalismo tem como essência informar, com foco no interesse público.


A transparência de informação garante o prestígio dos portais de notícias. Especificar claramente o que é notícia e o que é publicidade é o primeiro passo para a correção desse tipo de prática. O leitor precisa ser o protagonista, ter a autonomia de optar, intuitivamente ou não, o que será acessado.


*Cristiane Palmeira, Raquel Reis e Talita Raquel são alunas do 7º semestre de Jornalismo da Universidade de Santo Amaro (Unisa) 



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segunda-feira, 20 de junho de 2016

Webjornalismo: para cobrar, é preciso ter credibilidade


É nítido o crescimento dos limites de acesso a conteúdos jornalísticos na web. Sites de jornais como a Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, O Globo entre outros de grande audiência no meio, têm caminhado nessa direção: é alternativa para lucrarem no ambiente digital.

Proibida a entrada de “não assinantes” 

Um dos modelos mais recorrentes é o chamado paywall, ou muro de pagamento poroso, que funciona da seguinte forma: disponibiliza-se apenas um pequeno acervo de conteúdo como espécie de degustação para os navegadores. A partir de um número determinado de reportagens, o acesso é bloqueado e, para continuar a navegação, é preciso ser ou se tornar assinante da marca.

Isso, ao que nos parece, distancia-se do que chamamos no jornalismo da era hipermidiática, que nada tem entre suas premissas o texto infinito hipertextual e a manutenção do leitor no site por muito tempo, levando-o de notícia a notícia. Ocorre o contrário quando o conteúdo é bloqueado: os internautas vão fazer a mesma busca em outros sites e encontrarão de forma gratuita e desbloqueada em sites alternativos, porém, sem tanta credibilidade e, às vezes, não assinado por nenhum jornalista ou fonte.

Para cobrar é preciso ter credibilidade

De todo modo, os portais que adotaram essa postura de cobrar o conteúdo online não estão se prejudicando, pelo contrário. Devido à credibilidade alcançada durante anos de apuração e informação, o público prefere pagar e ter maior confiança na notícia, do que ter fácil acesso em outros portais que não tem tanto crédito assim.

As assinaturas na web ocorrem, principalmente, porque as propagandas publicitárias no jornalismo digital não dão tanto lucro, se comparadas a outras plataformas, como o impresso. Como tudo, em todas as áreas, o capital financeiro é de extrema importância nas estruturas organizacionais. A regra é simples e direta: se não tem capital, não tem redação.

No modelo paywall da Folha, para quem não é assinante, são disponibilizadas 10 reportagens por mês, após isso, o conteúdo é bloqueado.  Para quem é cadastrado, o acesso é de 20 reportagens por mês, sendo bloqueado a partir disso. Para os assinantes existem planos mensais, semestrais e anuais.

Crédito: Reprodução

Será que essa moda pega?

O grande exemplo de que esse método pode dar certo é o “The New York Times” que, tem conteúdo pago, mas complementa e garante sua renda com as publicidades espalhadas na tela. Além disso, o jornal é o de maior credibilidade nos Estados Unidos. O modelo publicitário online ainda está se consolidando no Brasil, as publicidades na plataforma digital ainda são pouco atrativas, diferentemente da publicidade que é feita no mercado americano.


É necessário encontrar um ponto de equilíbrio. Os sites que veicularem notícias “hard news” ou cotidianas, que geralmente são dadas em vários veículos, não deveriam bloquear, e consequentemente, cobrar esse conteúdo. Em outras palavras, os portais deveriam apostar mais na cobrança de conteúdos exclusivos, matérias especiais, grandes reportagens etc. Assim, não teria a possibilidade do assinante encontrar a mesma notícia, com a mesma fonte em outros portais, sendo eles, verticais ou horizontais.


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