quinta-feira, 8 de setembro de 2016

Três olhares sob a ética jornalistica


Por Marilza dos Santos* 
Os alunos do 7° e 8° semestres do curso de Jornalismo da Unisa fizeram criticas e analises do filme de 2008 "Faces da Verdade", que fala sobre a ética jornalística.  

Conflito na ética jornalística

Com este título você pode estar se perguntando se existe uma ética específica no jornalismo, mas eu lhe pergunto: Sua ética pessoal é diferente da sua ética profissional?
O filme Faces da Verdade dirigido por Rod Lurie traz um drama em torno do comportamento da jornalista Rachel Armstrong, que após divulgar dados sigilosos da CIA (Central Intelligence Agency) é acusada e detida por tempo indeterminado por não revelar sua fonte.

Este filme nos traz intensas reflexões, pessoais e profissionais, de modo a nos colocar em conflito com nossos comportamentos. A vaidade leva algumas pessoas a estabelecer novos preceitos para suas vidas, e as torna capazes de cometer sacrifícios pelo mérito profissional, assim como Armstrong, que teve sua vida e sua família devastada por sua ambição

A ética dentro do Jornalismo

  Faces da verdade relata a história da jornalista Rachel Armstrong que vive um conflito ético ao publicar a matéria sobre um ataque com participação do Presidente americano a bases militares na Venezuela. Rachel se vê sob pressão quando obrigada a revelar a fonte, uma menor de idade, filha de uma agente da CIA as autoridades. O longa abre uma discussão sobre a confiança das fontes aos jornalistas que em certas ocasiões tem direito de não revelar a fonte se questionados. No filme a discussão se dá por conta de uma criança ter sido a fonte inicial da repórter apesar de revelado apenas no final. Por ser uma questão de política que envolve o maior cargo do pais, Rachel acaba processada porque o governo insiste em saber quem entregou a agente, mas Rachel entende que seria contra a ética jornalística, que não teria mais a confiança e prestígio que sempre tivera e não conseguiria mais informações em off, fora seus valores morais, etc. O filme, por retratar questões que nos interessam é um bom exemplo para se pensar em situações semelhantes da carreira jornalística e nas consequências do uso da fonte em off.

O valor de um principio

O filme do diretor Rod Lurie, Faces da Verdade (2008), aborda a questão da ética jornalística. O longa, estrelado por Vera Farmiga e inspirado em fatos reais. Conta a história da jornalista Rachel Armstrong e tem como objetivo principal colocar em xeque a ética na profissão.

Ao publicar o que parecia ser a matéria da sua vida, Rachel fica entre a cruz e a espada ao decidir não revelar qual foi sua fonte primária para a elaboração de seu texto. Isso porque, a lei norte-americana defende o princípio de confidencialidade de fontes, a menos que envolva risco de segurança nacional.

A jornalista é presa e separada de sua família por decidir não divulgar a informação de quem foi a sua fonte. Surpreendentemente, descobrimos nos últimos segundos que a informação foi obtida em uma conversa informal entre a jornalista e uma criança de apenas cinco anos que, inocentemente, revela informações sobre o governo para o qual sua mãe trabalhava. Rachel aproveita-se dessas informações de maneira quase cruel, e ao final do filme, ficamos com a seguinte pergunta: É justo usar uma fonte incapaz de compreender suas próprias revelações?

Alunos do 7º e 8° semestre do curso de jornalismo da Universidade de Santo Amaro-Unisa*


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