segunda-feira, 26 de agosto de 2019

Zona sul é a pior região do município em equipamentos culturais

As diferentes atividades culturais serão mais frequentadas se as Casas de Cultura estiverem mais próximas da periferia 

A zona sul de São Paulo ocupa a pior posição no ranking de equipamentos culturais instalados nas periferias. O estudo é da Rede Nossa São Paulo, órgão responsável por elaborar o Mapa da Desigualdade na capital do estado, divulgado em novembro de 2018.

Na comparação, o distrito da Sé apresentou o melhor desempenho em aparelhos culturais. Existem 3,09 centros culturais, espaços e casas de culturas municipais, estaduais, federais e particulares instaladas para cada 10 mil habitantes. Enquanto nos bairros de Cidade Adhemar e Eng. Marsilac nenhum equipamento cultural foi encontrado, no Grajaú existe 0,16.

Casas de Cultura da Secretaria Municipal de cultura. 
Foto: Marcos de Oliveira
Para a líder da Coordenadoria de Casas de Cultura do Município, Priscila Machado, a desigualdade cultural apontada nas periferias da cidade se dá porque a administração das Casas de Culturas esteve com as subprefeituras de 2004 a 2014. “Desde que a Secretaria de Cultura reassumiu a coordenação dos equipamentos, muitos esforços foram feitos para reestruturar as casas que já existem e instalar novos equipamentos nas regiões solicitadas, como ocorreu em Parelheiros onde havia uma demanda antiga”, afirma Priscila.

Em relação a frequência nos equipametos culturais, o Mapa apontou que 28 % dos entrevistados não frequentaram aos shows , 28%, não foram aos Centros Culturais, 11% não assistiram aos espetáculos e 26% deles não participaram dos saraus, porque os eventos não estiveram próximo de suas residências. Entre os que não participaram de nenhuma atividade cultural nos últimos 12 meses, 31% frequentariam se fossem realizados próximos de suas casas.

Apesar dos números, a coordenadora diz que a frequência nas Casas de Cultura tem aumentado a cada ano. “Em 2016 foram 86 mil, 2017, 200 mil e em 2018, 400mil pessoas visitaram os 20 equipamentos culturais instalados na capital paulista”, afirma Priscila.



Jovens fazem  oficina de dança na Casa de Cultura de Parelheiros. Foto: Casa de Cultura
Para que a visita do público continue em ascensão, o coordenador da recém-inaugurada Casa de Cultura de Parelheiros, Rafael Santiago, definiu algumas estratégias. “Temos que mostrar o que é ter uma Casa de Cultura na região e o que significa participar das ações que ela promove”, além disso, “é preciso realizar um trabalho com aqueles coletivos que vão atuar aqui. Temos que ser didáticos, burocrático para esse tipo de situação, da economia criativa, do dinheiro que rola por ai”, conclui Rafael.
Share:

0 comentários:

Postar um comentário

Marcadores