quarta-feira, 29 de novembro de 2017

Acidente da Chapecoense completa um ano

O acidente com o avião da Chapecoense, time da cidade de Chapecó, em Santa Catarina, completa um ano nesta quarta-feira, 29. A tragédia que aconteceu na Colômbia deixou 71 mortos e seis feridos.

A aeronave da empresa boliviana, LaMia, saiu na noite do dia 28 de novembro de 2016 de Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, com destino a Medelliín, na Colômbia. A equipe catarinense faria o primeiro jogo da final da Copa Sul-Americana, no estádio Atanasio Girardot, marcado para o dia 30. Mas o avião caiu a poucos quilômetros da cidade, à 1h15, segundo o horário de Brasília.

As investigações sobre a causa da queda ainda estão em trâmite. Porém, segundo o relatório preliminar divulgado pela autoridade da Aeronáutica Civil colombiana (Aerocivil), a aeronave estava sem combustível.

Os governos da Colômbia, Bolívia e do Brasil estão envolvidos nos processos de investigação. Mas, de acordo com novos fatos, o governo da Venezuela pode ser envolvido no caso.

Segundo os procuradores do Ministério Público de Santa Catarina (MP-SC), há indícios de que a LaMia não pertença aos donos que constam no papel, Miguel Quiroroga, piloto do avião, que morreu no acidente e Marco Antonio Rocha Venegas, que está foragido.
De acordo com os documentos de fretamento do avião, os verdadeiros donos seriam a venezuelana Loredana Albacete Di Bartolomé e seu pai, ex-senador venezuelano, Ricardo Alberno Albacete Vidal.

Até o momento, o governo boliviano já responsabilizou quatro pessoas pelo caso. O dirigente geral da LaMia, Gustavo Vargas Gamboa e seu filho, Gustavo Vargas Villegas, diretor de registro Aeronáutico Nacional da Direção Geral de Aeronáutica Civil (DGAC).

Além deles, o diretor de Operação, Marco Antonio Rocha Venegas e Celia Castedo, ex-funcionaria da Administração de Aeroportos e Serviços Auxiliares de Navegação Aeronáutica da Bolívia (Aasana) também estão sendo responsabilizados.

Os familiares das vítimas receberam o seguro obrigatório da Chapecoense, mas não receberam a indenização da seguradora da LaMia, a Bisa. A empresa se negou a pagar o seguro de U$ 25 milhões, pois, segundo a seguradora, Miguel Quiroroga, colocou em risco a segurança do avião e dos passageiros ao voar sem combustível.

A Bisa informou que pagaria U$ 200 mil para cada familiar dos passageiros por ‘’razões humanitárias, desde que não processem pessoas ligadas à LaMia. Ninguém aceitou o valor imposto até o momento.

Por Luiza Santana
Share:

0 comentários:

Postar um comentário

Marcadores

Arquivo do blog