sexta-feira, 24 de junho de 2016

Parceiros e concorrentes: a inserção publicitária nos portais jornalísticos - parte 2


Por: Gabriela Cunha e Karen Fraga*

Em rádio, a voz do locutor dá vida ao anúncio, e em jornais e revistas, fotos ou grandes ilustrações ganham espaço chamando à atenção do leitor. Na web, novas formas de anúncio têm sido criadas, conseguindo chamar o leitor a entrar no site da empresa, e ao mesmo tempo deixando o com a sensação de incômodo, por muitas vezes desviá-lo de sua procura inicial. 

Nos primórdios da internet, os anúncios eram “básicos”: uma foto em um lugar no meio do texto ou fora dele. Nada além da transposição do modelo impresso para a web. Hoje, os anúncios invadem a página, fazendo a matéria quase sumir do seu ponto de vista. Um grande exemplo é este abaixo, encontrado na página inicial do portal ESTADÃO: 
Crédito: Reprodução 
Outro problema que é uma grande ideia para o anunciante, mas incomoda o leitor, são os anúncios que “perseguem”. São aqueles produtos que você visualizou no site alguma vez, que detectaram seu interesse nele, e a cada aba da internet que você abrir, ele estará lá te mostrando que você não pode se esquecer dele, afinal eles só estão lá para te dar opções de melhores compras, ofertas, entre outros.
É uma grande ideia, e uma jogada de marketing fantástica, se não fosse pelo fato negativo de incomodar muitos leitores. Afinal, você só pesquisou algo, não deu certeza para ninguém que iria comprá-lo, aquele anúncio ainda te perseguirá por um tempo determinado. 
Crédito: Reprodução
Já nos modelos impressos, a publicidade já se adequou a plataforma. Ficam em lugares fixos na página, tem seus próprios encartes e não ficam no meio da matéria, mas chamam sempre a atenção do leitor mesmo ele sendo preto e branco ou colorido. 

A linguagem da publicidade geralmente é informal, simples e retórica, ela quer chamar o leitor como “você”, se aproximar e o convencer que ele está no caminho certo.  Como o intuito é atrair todos os públicos, a publicidade usa uma linguagem muito simples e direta para a massa. 

Mas... há alternativas?

Os anúncios informativos podem ser um tipo de solução: informar e seduzir o leitor à compra. Pensemos em um anúncio de amaciante de roupas: ele pode dar dicas de lavagem, como fixá-lo por mais tempo na roupa, como preservar a peça, etc. Esses anúncios devem ser baseados pelo veículo de comunicação, e ser indicados a pessoas com um perfil baseado em sua busca pela internet, ou em sites apropriados para a venda do produto, incentivando na compra.

As publicidades simples devem ter seu lugar fixo na página. Por exemplo, no UOL, a primeira publicidade da página tem seu lugar fixo ao lado direito todos os dias. Outra solução é sempre ter um jeito fácil e rápido para sair da publicidade, e não fazer com que seu público fique obrigado a assistir aquilo, nem por tempo determinado. Como podemos analisar no Youtube, na maioria dos vídeos, existe uma publicidade, anúncio ou propaganda, que você é obrigado a ver pelo menos 5 segundos.


Alguns anúncios que estão em formato de gifs, podem levar o leitor a páginas impróprias e causar um dano no computador, por ser vírus, mas que às vezes se misturam com os anúncios de publicidade confundindo o leitor a achar que todos são de fontes confiáveis, por estar em um site seguro. Enfim, a relação desses parceiros históricos – o jornalismo e a internet – é até aqui inevitável e complementar, o que não significa que novas alternativas surjam. Para o bem do leitor e do consumidor.


*São alunas do 7º semestre de Jornalismo da Universidade de Santo Amaro (Unisa)

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