Por: Gabriela Cunha e Karen Fraga*
Em rádio, a voz do
locutor dá vida ao anúncio, e em jornais e revistas, fotos ou grandes
ilustrações ganham espaço chamando à atenção do leitor. Na web, novas
formas de anúncio têm sido criadas, conseguindo chamar o
leitor a entrar no site da empresa, e ao mesmo tempo deixando o com a
sensação de incômodo, por muitas vezes desviá-lo de sua procura inicial.
Nos primórdios da
internet, os anúncios eram “básicos”: uma foto em um lugar
no meio do texto ou fora dele. Nada além da transposição do modelo impresso
para a web. Hoje, os anúncios invadem a página, fazendo a matéria quase sumir
do seu ponto de vista. Um grande exemplo é este abaixo, encontrado na página
inicial do portal ESTADÃO:
Crédito: Reprodução |
Outro problema que é uma
grande ideia para o anunciante, mas incomoda o leitor, são os anúncios que
“perseguem”. São aqueles produtos que você visualizou no
site alguma vez, que detectaram seu interesse nele, e a cada aba
da internet que você abrir, ele estará lá te mostrando que você não pode se
esquecer dele, afinal eles só estão lá para te dar opções de melhores compras,
ofertas, entre outros.
É uma grande
ideia, e uma jogada de marketing fantástica, se não fosse pelo
fato negativo de incomodar muitos leitores. Afinal, você só
pesquisou algo, não deu certeza para ninguém que iria comprá-lo,
aquele anúncio ainda te perseguirá por um tempo determinado.
Crédito: Reprodução |
Já nos modelos impressos,
a publicidade já se adequou a plataforma. Ficam em lugares fixos
na página, tem seus próprios encartes e não ficam no meio
da matéria, mas chamam sempre a atenção do leitor mesmo ele sendo preto e
branco ou colorido.
A linguagem da
publicidade geralmente é informal, simples e retórica, ela quer chamar o leitor
como “você”, se aproximar e o convencer que ele está
no caminho certo. Como o intuito é atrair todos os
públicos, a publicidade usa uma linguagem muito simples e direta para
a massa.
Mas... há alternativas?
Os anúncios informativos
podem ser um tipo de solução: informar e seduzir o leitor à
compra. Pensemos em um anúncio de amaciante de roupas: ele pode dar
dicas de lavagem, como fixá-lo por mais tempo na roupa, como preservar
a peça, etc. Esses anúncios devem ser baseados pelo veículo de comunicação,
e ser indicados a pessoas com um perfil baseado em sua busca pela internet, ou
em sites apropriados para a venda do produto, incentivando na compra.
As publicidades
simples devem ter seu lugar fixo na página. Por exemplo, no UOL, a
primeira publicidade da página tem seu lugar fixo ao lado direito
todos os dias. Outra solução é sempre ter
um jeito fácil e rápido para sair da publicidade, e não
fazer com que seu público fique obrigado a assistir aquilo, nem por tempo
determinado. Como podemos analisar no Youtube, na maioria
dos vídeos, existe uma publicidade, anúncio ou propaganda, que
você é obrigado a ver pelo menos 5 segundos.
Alguns anúncios que estão
em formato de gifs, podem levar o leitor a páginas impróprias e causar um dano
no computador, por ser vírus, mas que às vezes se misturam com os anúncios de
publicidade confundindo o leitor a achar que todos são de fontes confiáveis,
por estar em um site seguro. Enfim, a relação desses parceiros históricos – o
jornalismo e a internet – é até aqui inevitável e complementar, o que não
significa que novas alternativas surjam. Para o bem do leitor e do consumidor.
*São alunas do 7º semestre de Jornalismo da Universidade de Santo Amaro (Unisa)
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